terça-feira, 28 de outubro de 2008

O FMI voltou...

Eis que ressurge o Fundo Monetário Internacional, voltando a ser o salvador de pátrias, após passar anos na penumbra em decorrência da abundância de crédito barato.
Devemos lembrar do seu importante papel no salvamento do México com um empréstimo de US$ 12,1 bilhões, o maior empréstimo até então concedido a um país e depois na crise da Ásia, onde emprestou US$ 21 bilhões a Coréia do Sul e para finalizar, como esquecer os US$ 30 bilhões concedidos a nós em 2002 para conter a disparada do dólar em razão do "efeito Lula".

A Ucrânia acaba de receber um empréstimo de US$ 16,5 bilhões visando a sua estabilidade financeira e econômica, a Hungria já está negociando um pacote financeiro substancial, o fundo também já ofereceu um empréstimo de US$ 2 bilhões para a Islândia e já negocia com o Paquistão, enfim, voltou a ser de grande importância para ajudar alguns países a sobreviverem à crise.

Gostaria de destacar ainda que no dia 3 de novembro após o fechamento do mercado, a JBS divulgará o resultado do 3º trimestre de 2008, penso que virá um resultado espetacular, principalmente, em função da valorização do dólar ante o real, aguardemos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

CONFAB

O mercado continua na sua bipolaridade, porém com um viés mais depressivo, nesse contexto outra boa opção para longo prazo é a CONFAB (CNFB4), líder na produção e fornecimento de tubos de aço soldados para a indústria energética brasileira e líder na exportação desses produtos para o Mercosul e América Latina, pelos motivos abaixo expostos:
  • A maior produtora de tubos com costura do Brasil, com capacidade de produção nominal de 500.000 ton/ano;
  • Grande pagadora de dividendos;
  • Tem um programa de recompra de ações em curso, aberto em 28/02/2008, com validade de 1 ano, autorizando a compra em mercado de 10.700.000 ações, representando cerca de 6% das ações circulantes;
  • Tem uma posição de caixa confortável, sendo, inclusive, superior a sua dívida;
    Se beneficia com a queda do preço do aço e em parte com a alta do dólar, tendo em vista ter exportado 20% da sua produção no 2º trimestre deste ano e por ter ativos no exterior (Argentina);
  • Enorme potencial de vendas futuras, em razão dos projetos na camada de pré-sal na bacia de santos, alcooldutos e mineriodutos que sairão do papel em breve.

Se o Brasil será um grande produtor energético, com certeza essa energia passará pelos tudos da Confab.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

MERCADO BIPOLAR

Na segunda-feira próxima passada o ibovespa subiu 14,66%, a maior valorização percentual desde 15 de janeiro de 1999, quando subiu 33,40%, como todo bipolar que se preze, depois da euforia vem a depressão, e esta veio ontem com a queda de 11,39%, a maior queda percentual desde 10 de setembro de 1998.
Neste mercado de altos e baixos fazer previsões é um esporte de alto risco, porém, continuo comprando e penso que em uma visão de longo prazo estamos em um bom ponto de compra.
Para finalizar, gostaria de dizer que os analistas do Citi Bank leram o blog na semana passada e publicaram o relatório abaixo:

"Citi vê JBS bem posicionada, com depreciação do real e melhores margens
Por: Vitor Silveira Lima Oliveira13/10/08 - 10h59InfoMoney
SÃO PAULO - A forte depreciação do
real em relação ao dólar ocorrida desde o último mês certamente deixou muitos agentes econômicos preocupados. No entanto, com o ganho de margens na atividade exportadora, os produtores de alimentos vivem um momento favorável, como ressalta o Citi, em relatório.No entanto, a retomada do desempenho favorável com as vendas externas não foi mero reflexo do movimento cambial. Pelo contrário, o mês de setembro representou o terceiro recorde consecutivo em relação às receitas advindas da exportação de carnes (bovina, suína e aves).Contudo, a apreciação de aproximadamente 17% do real durante o mês de setembro não deixa de ser importante para o setor, que tanto sofreu com o aperto de suas margens nos últimos anos, em função do aumento de custos com insumos (ração, por exemplo, muito afetada pela elevação dos preços de gêneros agrícolas) e a contínua queda das receitas com exportação, as quais acompanharam a queda do dólar até tempos recentes.Para se ter uma idéia da grande evolução dos preços para exportação, quando comparadas aos patamares de setembro de 2007, as cotações atuais para carne de porco, gado e aves elevaram-se 65%, 48% e 38% respectivamente.Destaques do setorDeste modo, os analistas Carlos Albano e Flavio Barcala, autores do estudo, destacam o cenário positivo para os papéis da JBS no curto prazo, considerando-a como a empresa que mais benefícios obterá da depreciação do real, além de atualmente encontrar-se com atrativo desconto em seus múltiplos, frente aos pares no mercado.Na outra ponta do universo de companhias coberto pelo Citi, existe perspectiva negativa para os papéis da Sadia no curto prazo. Muito disto decorre do aumento da percepção de risco sobre a empresa, decorrência das mal sucedidas operações da companhia com derivativos.Confira as recomendações do Citi:
Empresa /Sugestão/Preço-alvo

JBS (
JBSS3)/Comprar/R$ 10,00
Marfrig (
MRFG3)/Comprar/R$ 25,00
Sadia (
SDIA4) /Manter/R$ 8,00
Perdigão (
PRGA3)/Compra /R$ 52,00
Minerva (
BEEF3)/Compra/R$ 12,00
Já para companhias como Marfrig, Perdigão e Minerva, a perspectiva dos analistas para o curto prazo é neutra. No caso da primeira, os analistas ressaltam problemas na consolidação dos ativos adquiridos do grupo OSI, ao passo em que a última deverá sofrer com a baixa liquidez dos ativos, especialmente no atual momento dos mercados - ainda que tenha atingido boas margens e volume de exportações.Embora seja favorecido por projeções favoráveis em relação ao mercado avícola, um dos principais negócios da Perdigão, a empresa deverá sofrer com as margens mais frágeis para produtos lácteos, além de seus papéis encontrarem-se negociados sob múltiplos elevados em relação aos concorrentes."

Volto a lembrar que nestes tempos de crise ninguém quer saber de fundamentos, o mercado vai se movendo ao sabor das notícias, que cada vez vão piorando, mas acredito que quando a poeira baixar, teremos recuperações expressivas, quem tiver estômago verá.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

JBS o maior "frigorífico" do mundo

Hoje, dando continuidade às análises das empresas, vou falar um pouco sobre a JBS:

  • É a maior produtora e exportadora de carne bovina do mundo;
  • Líder em vendas de carne bovina no mercado brasileiro, argentino e australiano;
  • 3ª maior produtora e processadora de carne suína dos EUA;
  • É uma grande consolidadora, tendo adquirido mais de 30 unidades nos últimos 15 anos, tendo aumentado sua receita líquida em 1567%, o patrimônio líquido em 1500% e o total de ativos em 609% apenas nos últimos 3 anos;
  • Divide-se em 5 unidades geográficas: JBS Brasil, JBS Argentina, JBS EUA, JBS Austrália e Inalca JBS Itália, o que garante a presença em 110 países;
  • A JBS Brasil possui 22 unidades com capacidade de abate de 18900 cabeças de gado por dia, sendo o maior exportador de produtos bovinos do Brasil com receita de US$ 1,1 bilhão em 2007;
  • A JBS Argentina tem capacidade de abate de 6700 cabeças de gado por dia em 6 unidades e foi responsável por 87% da carne bovina industrializada naquele país;
  • A JBS USA possui 12 unidades de produção com capacidade de abate total de 20500 cabeças bovinas por dia, 47900 cabeças suínas por dia e 4000 cabeças de ovinos por dia;
  • As operações da JBS Austrália são distribuídas através de 9 plantas com capacidade total de abate de 8500 cabeças de gado por dia e 16500 cabeças de ovinos e suínos;
  • Inalca JBS Itália – a JBS possui 50% dessa sociedade tornando-se a maior parceira do MacDonald’s fora dos EUA e a maior produtora de carne bovina industrializada da Europa.

Existem 2 aquisições pendentes de aprovação por órgãos americanos, que se confirmadas levam a JBS ao posto de líder mundial de vendas e de abate de carne bovina, com cifras impressionantes, cerca de US$ 22 bilhões de receita líquida em carne bovina e capacidade de abate de 79,2 mil cabeças de gado por dia.
Resumindo teremos ao fim das aquisições uma empresa com receita líquida de US$ 25 bilhões, Ebitda de US$ 710 milhões ,possuindo 120 unidades de produção e com mais de 60000 funcionários.
Cabe ressaltar que mais de 70% da geração de caixa é realizada em dólares e quase a totalidade da dívida foi contraída em reais, ou seja, em momentos de crise comporta-se como uma ação defensiva, inclusive como o ocorrido hoje, onde o dólar fechou aos R$ 2,312, a bolsa caiu 4,66% e a JBSS3 subiu 5,05%.