Esta empresa entrou no meu radar em outubro passado quando
realizou o reequacionamento de sua dívida através de uma bem sucedida transação
realizada com a XP Malls FII, aonde recebeu líquidos R$ 450 milhões que foram
utilizados para reduzir o endividamento bruto, em troca da venda de
participações minoritárias em seus shoppings. Não a indiquei naquele momento para
conferir os efeitos desta transação no balanço que foi publicado no dia 21/02, após o fechamento do mercado.
A Cia investe em 4 setores, a saber:
- · shoppings ( Cidade Jardim, Bela Vista, Ponta Negra e Catarina Fashion Outlet);
- · 7 hotéis em operação e 2 já contratados e 23 restaurantes todos da bandeira Fasano;
- · Setor de incorporações que basicamente está focado na venda das unidades que estão em estoque, mas possui um landbank nas imediações do Parque Cidade Jardim e no Residencial Cidade Jardim ambos voltados para clientes de alta renda; e
- · São Paulo Catarina Aeroporto executivo, em desenvolvimento, com previsão de inauguração no final deste ano.
Vamos aos números deste balanço que tanto
me animaram:
·
O EBITDA anualizado do 4º tri foi de R$ 200 milhões
para um valor de mercado da empresa de R$ 1,18 Bi e uma dívida líquida de R$
569 milhões;
·
a dívida líquida/EBITDA ajustado caiu para 3,1
vezes, ante 14,9 em dez/17;e
·
vale em bolsa cerca de metade do seu valor
patrimonial.
Acredito
que o crescimento do consumo nos shoppings, a expansão de hóteis e restaurantes
com a marca Fasano, o início da operação do aeroporto e o desenvolvimento das
áreas do landbank serão catalisadores importantes de crescimento para a empresa
neste e nos próximos anos, com efeito multiplicador sobre os R$ 2,23 do
fechamento de sexta-feira passada.