sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Doença Holandesa?

Só relembrando, esse conceito prega que um aumento de receita decorrente da exportação de recursos naturais irá desindustrializar uma nação devido à valorização cambial, que torna o setor manufatureiro menos competitivo aos produtos externos.
Se essa doença fosse um resfriado, acho que já estaríamos espirrando...
O pré-sal começou a influenciar o câmbio com a capitalização da PETROBRAS e continuará nessa toada devido aos gigantescos investimentos necessários para sua exploração, a maior parte deles vindos do exterior.
Acredito que o próximo governo deveria olhar com muito cuidado para esse tema, pois os sintomas da desindustrialização já são sentidos, por exemplo este ano começamos a importar aço fortemente, nos tornando basicamente exportador de minério de ferro.
Para piorar, o dólar segue se enfraquecendo mundo afora, tanto pela taxa de juros real negativa nos EUA, como pela máquina de dinheiro do OBAMA que não para de rodar, aliado a isso temos internamente as maiores taxas de juros do mundo, sendo um paraíso para os especuladores.

Com o dólar furando a barreira dos R$ 1,70, não fico confortável de manter uma exposição tão alta em GPCP3, continuo a acreditar na empresa a longo prazo, mas diante desse dólar que muito prejudicará seus resultados, sugiro reduzir a exposição nessa empresa para 5%. E nessa mesma proporção aumentar a exposição em INEP3.

Inepar


Todos sabem do apreço que tenho pela empresa, sei que neste ano a empresa tem tido uma performance pífia, mas gostaria de lembrar alguns pontos que me fazem aumentar posição e continuar tranquilo com a empresa:

  1. Tivemos percentualmente praticamente a mesma perda da Petrobras no ano, cerca de 30%, isso justifica-se em parte pq ambas passaram por uma capitalização significativa;
  2. O setor de óleo e gás será a vedete da próxima década, lembrando que a Petrobras já está sentada em vários bilhões de reais para dar continuidade à exploração do pré-sal, e parte disso desaguará nos cofres da IESA, subsidiária da INEPAR;
  3. A capitalização da INEPAR ainda não acabou, teremos o leilão das sobras e a unificação das INE9/3 e INEP 10/4, ao findar esse processo a empresa estará com um belo caixa e um perfil de dívida melhorado, em suma, pronta para o pré-sal.

Carteira de outubro

INEP4 -40%

INEP3 - 35%

GPCP3 - 5%

FHER3 - 5%

JBSS3 - 5%

GPIV11 - 5%

PDGR3 - 5%

Desejo que tenhamos uma grande votação neste domingo, de preferência com 2º turno para que possamos debater propostas sérias para o país.