sábado, 29 de outubro de 2011

Produtividade e a UNE

A produtividade não é tudo, mas no longo prazo é quase tudo. PAUL KRUGMAN

Ao tratarmos de produtividade é emblemático o caso do aumento do IPI em 30%, onde o governo, com o intuito de proteger as indústrias automobilísticas instaladas no país, instituiu essa taxa que muito prejudicará o consumidor brasileiro. Existem várias razões para o carro coreano chegar ao país com qualidade superior e na mesma faixa de preço que os nacionais, mas sem dúvida a principal razão é a produtividade, enquanto um brasileiro produz 1 carro, o trabalhador coreano já produziu 3.


Entre 2005 e 2010 a produtividade no Brasil aumentou 2,1%, na Coréia cresceu 3,9% e na China 9,8%, estamos ficando para trás. Para aumentarmos a produtividade, precisamos investir em educação básica, profissionalizante e em pesquisas.


Enquanto os estudantes chilenos protestam por melhorias na educação, a UNE protesta para assegurar o direito dos estudantes a meia entrada na copa do mundo de 2014. Se dependermos da UNE, que está recebendo mais de R$ 40 milhões do governo para a construção do seu prédio, nossa educação não avançará e perderemos mais uma vez o bonde da história.

Oxalá o projeto de atrelar parte das receitas do pré-sal para a educação chegue a bom termo.

Tentando melhorar o ano, vou realizar algumas mudanças na carteira para o mês de novembro:

HRTP3 – 30%
OSXB3 – 30%
MRFG3 – 20%
AGEN11 – 10%
INEP3 – 10%

Optei por uma menor exposição em INEPAR, apenas para tentar maximizar os ganhos neste mês, colocando OSX que é a forma mais barata de comprar o mister X e entrando com Marfrig que sofreu demais com a saída do fundo GWI e ainda não recuperou. Também continuo a gostar de heringer, mas acho que vai demorar a andar.










segunda-feira, 13 de junho de 2011

HRTP3 E AGEN11

Já que não escrevi em maio, vou agora tentar compensar essa lacuna com duas dicas fantásticas para os próximos anos.

O meu setor preferido, não escondo de ninguém, é há muito tempo o de óleo e gás, e pouco a pouco ele vai ganhando participação no nosso PIB e como não poderia deixar de ser na nossa bolsa, nesse setor vejo uma pequena jóia que pode se tornar uma grande estrela, a saber:

HRT participações

Trata-se de uma empresa de exploração de óleo e gás que possui 55% dos direitos de exploração de 21 blocos na bacia do Solimões, sendo uma área total a ser explorada de 48,5 mil quilômetros quadrados. Solimões é a 2ª maior reserva de gás do Brasil e possui o óleo com o menor teor de enxofre, sendo chamado de óleo leve, tendo maior valor comercial que o óleo pesado da bacia de Santos por exemplo.

Neste momento está sendo realizado a primeira perfuração de exploração na bacia do Solimões, a previsão é que se tenha 12 poços já em 2011 e 4 sondas perfurando simultaneamente em 2012 na região norte, lembrando que nos últimos 10 anos foram perfurados 10 poços, sendo 7 com sucesso.

A empresa acabou de comprar a empresa UNX tornando-se a empresa privada com a maior área de exploração na Namíbia,63 mil quilômetros quadrados, esta região é considerada análoga geologicamente falando à região do nosso pré-sal da bacia de Santos, o que significa dizer que é grande a possibilidade de também existir um pré-sal naquela região.

Já possui 6,6 bilhões de BOE (óleo e gás) em recursos prospectivos riscados e contingentes e somente em gás de folhelhos existem cerca de 31,2 bilhoes de BOE recuperáveis, sendo que essas reservas foram certificadas em uma área que representa menos de 1/3 da área total a ser explorada, somente para efeitos comparativos a OGX possui 10,8 bilhões de BOE e vale em bolsa 4 vezes mais.

Um dos detalhes mais importantes NÃO PRECISARÁ DE RECURSOS PARA TOCAR SEU PROJETO EXPLORATÓRIO ATÉ 2014, onde pretende já estar produzindo 56 mil barris de óleo e gás por dia, sendo a meta para 2020 de 1 milhão de barris/dia, para efeitos comparativos a meta da PETROBRAS é de 6 milhões de barris/dia para o mesmo ano.

Os triggers para a HRT nos próximos meses serão as novas certificações onde se esperam reavaliações para cima das reservas, a entrada no IBOVESPA e o desdobramento de suas ações, que permitirá aos pequenos acionistas fazerem parte dessa possível grande história de sucesso.

AGRENCO

Outro setor fantástico é o de commodities agrícolas, acredito que este setor também terá uma importância crescente no PIB nos próximos anos, indico a agrenco porque se trata de mais um caso de turnaround, onde a empresa está em recuperação judicial, tem uma dívida de mais de R$ 1 bilhão, mas os seus credores (grandes bancos nacionais e internacionais) se reuniram e aprovaram um plano de recuperação, cujo objetivo é pagar as dívidas em até 8 anos.

Principais destaques:

Possui duas plantas de ponta para esmagamento de soja, podendo produzir óleo de soja, farelo de soja e biodiesel, sendo autossuficiente em energia elétrica podendo vender seu excedente no mercado livre;

Teve seu IPO realizado em 25/10/2007, sendo lançada a R$ 10,40, sendo avaliada na época em cerca de R$ 1,6 bilhão, hoje vale cerca de R$ 170 milhões em bolsa, sendo de R$ 130 milhões o empréstimo que obteve com o grupo inglês GEM para o começo da produção que dar-se-á dia 27 próximo.

A projeções para o complexo soja (inclui óleo e farelo) são animadoras para os próximos anos, onde o maior produtor (EUA) terá sua produção diminuída por causa do avanço da cultura do milho (etanol), sendo o Brasil o natural sucessor ao trono de maior produtor mundial de soja.

No valor do fechamento de hoje R$ 1,13, acredito que no curto e médio prazos é uma das maiores oportunidades em bolsa.

Sendo assim farei 2 mudanças na carteira , retirando JBSS3 e PDGR3, não por desgostar das empresas, mas por achar que HRTP3 e AGEN11 tem um potencial maior no curto prazo.

Carteira atualizada:

INEP3 -45%

INEP4 -40%

FHER3–5%

HRTP3 –5%

AGEN11 – 5%

terça-feira, 19 de abril de 2011

Se correr o bicho pega e se ficar ...

Curto e grosso:

A China está tomando medidas para reduzir seu ritmo de crescimento, tendo neste mês aumentado mais uma vez a taxa de depósito compulsório;
Os EUA tiveram seu rating colocado em perspectiva negativa, sinalizando que poderá ter seu AAA rebaixado;
Na Europa continua e continuará por muito tempo o fantasma das dívidas públicas;
O Japão tenta se reerguer, mas Fukushima será manchete de jornal por muitos meses;
O Kadafi não quer largar o osso, mantendo os preços do petróleo nas alturas;
Os grandes produtores de petróleo como Arábia Saudita e Irã, que concederam benesses a sua população, terão que manter o preço do Petróleo em alta para fechar a conta das bondades dadas a troco de se manter a estabilidade política; e
No Brasil, seguimos recebendo a conta da gastança promovida pelo LULA na forma de avanço da inflação, que já vai comprometendo o crescimento do PIB de 2011 e 2012.

As ingerências na política de preços da Petrobras e na gestão da Vale que ainda segue ameaçada pelo aumento dos royalties da mineração, as restrições ao crédito e aumento na taxa de juros que prejudicam as varejistas, os bancos e as construtoras, o dólar barato que facilita as importações de aço que prejudicam nossas siderúrgicas. Enfim, poucos são os setores com perspectivas, nesse cenário está mantida a carteira do blog.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Uma vez petróleo, petróleo até acabar...

Parafraseando o hino do arqui-rival do meu flusão, que ontem com uma virada histórica (3X2) sobre o América do México na taça libertadores da América, mostrou porque é conhecido como time de guerreiros.
Alegrias futebolísticas à parte, sem nenhuma dúvida o petróleo ganhou mais força após o acidente nuclear em Fukushima, ainda de proporções não mensuráveis. Todos os programas nucleares em curso serão revistos, e com isso ganham destaque o carvão e o gás natural na matriz energética mundial. Os altos preços do ouro negro incentivarão a busca por biocombustíveis e facilitarão em muito a exploração do pré-sal.

No Brasil, aumentaremos a ênfase nas hidrelétricas e nas termelétricas e ganhará mais corpo o programa de etanol e biodiesel.

Aliado a isso temos uma grande instabilidade nas ditaduras do norte da África e no Oriente Médio, principalmente pelo aumento dos alimentos que gera uma pressão por mudanças nesses países, que são grandes produtores de petróleo, sendo esse mais um vetor para o aumento desta commoditie.

Parece claro que o preço do petróleo alcançou um outro patamar, cujo preço médio será acima dos US$ 100,00 por barril, nesse contexto as exploradoras de petróleo sairão beneficiadas em um primeiro momento e logo depois toda a cadeia de fornecedores também surfará essa onda.


Para aqueles que ainda não sabem, gostaria de ressaltar o potencial de INEPAR também no campo da geração de energia limpa, a saber:

15/02/2011 - 19h51
Inepar e Andritz fornecerão R$ 1 bilhão em equipamentos a Belo Monte
Fonte: UOL economia
SÃO PAULO - A Inepar informou hoje que sua joint venture com a austríaca Andritz - a Andritz Hydro Inepar - fornecerá R$ 1,022 bilhão em equipamentos à usina hidrelétrica de Belo Monte.A empresa vai fornecer, entre outros equipamentos, turbinas e geradores para a usina, dentro do consórcio que ganhou um contrato de R$ 3,6 bilhões da Norte Energia, responsável pela construção do empreendimento, no rio Xingu, no Pará.O grupo também é formado pela alemã Voith e a francesa Alstom, que lidera o consórcio e fornecerá R$ 1,1 bilhão em equipamentos - em valores livres de impostos.Juntas, as empresas vão fornecer 14 conjuntos de turbinas-geradoras, com capacidade de 611 megawatts cada. Só a Alstom será responsável por metade das turbinas.

Portanto caros amigos, não há em bolsa empresa que possa capturar melhor o desenvolvimento em infraestrutura e no pré-sal que INEPAR.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O dragão voltou...

A inflação vem aumentando no mundo rapidamente, graças principalmente às commodities que já estão com preços pré-crise, lembrando que recentemente o barril de petróleo ultrapassou a barreira de US$ 100,00. Neste contexto estamos entrando no ciclo de aumento das taxas de juros no mundo, onde os emergentes já começaram este processo e em breve, EUA e Europa terão que aumentar as suas taxas para segurar o dragão.

Esse rearranjo da liquidez mundial é o grande ponto de interrogação da economia nos próximos anos, podendo gerar resultados imprevisíveis.

Ainda que o preço das commodities venham a ser afetado pelo aumento da taxa de juros nos EUA, acredito que não há grandes espaços para queda destes preços, tendo em vista as altas taxas de expansão das economias emergentes.

Neste cenário mantenho como principal indicação a INEPAR, e provavelmente será assim por muito tempo graças ao pré-sal, essa história está mal começando tendo um potencial de multiplicar seu valor várias vezes.

Sendo também o caso de FHER3, uma small cap do setor de fertilizantes que vem ganhando fatias de mercado trimestre após trimestre; da JBSS3, um gigante do setor de carnes que vem digerindo suas mais recentes aquisições e que ainda vai dar muitas alegrias; e da PDGR3 uma das maiores empresas de contrução civil que se mostrou a melhor consolidadora do setor.

Neste mês excluo GPIV11 por não ter alcançado aquilo que eu esperava, ficando assim a nova distribuição da carteira:

INEP3 -45%
INEP4 -40%
FHER3 –5%
JBSS3 – 5%
PDGR3–5%


Gostaria de citar o pensamento de Bruce Greenwald, professor de Value Investing na Columbia Business School, onde Warren Buffet formou a base de seu conhecimento, a concentração é importante para a geração de riqueza, e a diversificação é importante para a manutenção da riqueza adquirida.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

-8%

Foi o desempenho da carteira do blog em 2010, infelizmente não veio o bicampeonato entre as carteiras de corretoras, lembrando que a carteira do blog foi a melhor em 2009 com 152,65%, sabe como é não se pode ganhar sempre, mas sem dúvida o grande campeão de 2010 foi o FLUSÃO que conquistou o TRICAMPEONATO BRASILEIRO.

Nosso desempenho foi muito prejudicado pela performance negativa de Inepar, que ainda não terminou a sua subscrição de ações, fato este que tem impedido um desempenho melhor do papel a curto prazo. Acredito que os fundamentos tardam, mas não falham e não conheço papel melhor para estar concentrado no setor de óleo e gás/infraestrutura que nossa querida INEPAR.

Mas como dizia o filósofo do futebol, o jogo só acaba quando termina, e mesmo com o resultado pífio no ano que passou ainda estamos bem na foto, vejam as valorizações acumuladas nesses 2 anos de existência da carteira do blog juntamente com algumas feras do mercado:

BRADESCO CORRETORA – 235%
CORRETORA ATIVA – 198%
CARTEIRA ARROJADA DA CORRETORA AGORA – 167%
ITAÚ CORRETORA – 166%
LINK CORRETORA – 153%
BLOG MASTIGANDO – 132%
GERAÇÃO FUTURO – 109%
IBOVESPA – 85%
SLW CORRETORA – 77%
PLANNER CORRETORA – 74%
SOUZA BARROS – 52%