terça-feira, 15 de setembro de 2009

V, U, L ou W

Não sei de que maneira dar-se-á a recuperação econômica mundial, mas o fato é que vários problemas persistem, a saber:
  1. A inadimplência das empresas americanas atingiu 11%, muito maior que os 2,4% do ano passado, as companhias americanas tem US$ 1,4 trilhão em bônus e empréstimos, quase 3 vezes o valor de 2001, basicamente as empresas têm que pagar as dívidas e conseqüentemente deixarão de investir, podendo frear a economia americana por muitos anos;
  2. As dívidas nos cartões de crédito já atingiram US$ 1,91 trilhão, sendo que 14% não será recuperado, na Europa estima-se que 7% dessas dívidas não serão recuperados;
    O desemprego caminha para atingir 10% nos EUA e a poupança das famílias americanas caminha para 5%;
  3. O mercado imobiliário ainda não se estabilizou, sendo que a maioria dos empréstimos concedidos desde 2005 está perto de valer mais que os imóveis que lhes servem de garantia.

Os americanos precisam recompor o seu patrimônio e pagar suas dívidas antes de pensar em consumir, ou seja, a economia americana levará vários anos para retomar o patamar de consumo pré-crise.
Neste sentido, o primeiro-ministro Chinês afirmou que a reestruturação da composição do produto interno bruto, com mais ênfase no mercado doméstico, deverá garantir um crescimento "rápido e estável", já que a China ainda enfrenta "extrema pressão com a queda do consumo externo", disse Wen Jiabao.

Particularmente, acredito em um crescimento anêmico para os EUA nos próximos anos, com grande possibilidade de termos um W mais à frente.

Apesar da perspectiva das Economias do 1º Mundo patinarem nos próximos anos, o Brasil tem o pré-sal, de onde extraímos uma pedra preciosa:

INEPAR

Essa empresa possui o mais amplo, moderno e bem equipado parque industrial da América Latina, localizado em Araraquara, onde são produzidos equipamentos para atender a demanda dos mais importantes setores de infra-estrutura do país, como: geração de energia, transporte metro-ferroviário, mineração, siderurgia, portuário, petróleo e petroquímico.
Em Macaé, possui uma unidade que atende a todos os projetos de manutenção, reforma e modernização de plataformas.
Na Geração de energia fabrica turbinas e geradores para hidrelétricas e no setor de óleo e gás é capaz de fornecer soluções completas, desde a fase de engenharia conceitual até a construção e montagem.

No campo financeiro:
Trata-se de uma empresa com uma dívida bruta de R$ 624 milhões, sendo que R$ 430 milhões estão sendo negociados junto ao BNDES, esta negociação é vital para melhorar o fluxo de caixa da empresa;
Os pedidos em carteira atingiram R$ 2,7 bilhões ante R$ 2,2 bilhões de 1 ano antes;
O EBITDA atingiu R$37,9 milhões no 1º semestre deste ano, sendo um aumento de 387,8% em relação ao 1º sem/08;
O lucro líquido atingiu R$ 4,4 milhões em 30/jun próximo passado ante um prejuízo de R$ 46,1 milhões em 2008;
Vale R$188 milhões em bolsa, só para efeito de comparação a Lupatech vale R$ 1,2 bilhão, sendo que a LUPA3 teve uma Receita Líquida de R$ 167,9 milhões, lucro bruto de R$ 58 milhões e Ebitda de R$32,8 milhões, e a INEP4 teve uma RL de R$282 milhões, lucro bruto de R$ 53,2 milhões e Ebitda de R$ 20,2 milhões no mesmo período.
É claro que a comparação não é a ideal, mas é a empresa que mais se aproxima da INEP4. Esforços têm sido realizados para mitigar o maior problema desta jóia que é o relacionamento com os investidores, neste aspecto já há a sinalização da empresa para a adesão ao nível 2 de governança corporativa.

Vejo essa empresa com um enorme potencial de crescimento na esteira do pré-sal, não sou mãe Diná, mas acredito que nos próximos 3 anos, melhorando a estrutura de capital e o relacionamento com o mercado, ela possa alcançar R$ 180,00.