terça-feira, 9 de junho de 2009

Plágio?????????

Este post replica um artigo de um grande grafista, muito conhecido no mercado, que eu passei a admirar alguns anos atrás, quando assisti sua palestra e pude conversar um pouco sobre o mercado com ele.

Colunista InfoMoney: A cautela na fase atual é bom sinal
Por: Gil Deschatre08/06/09 - 18h52InfoMoney
Vamos inicialmente observar o que ainda impulsiona nosso mercado... O ex-presidente do Banco Central e estrategista-chefe da gestora de recursos Rio Bravo, Gustavo Franco, avalia que a tendência é de valorização do câmbio e há três mecanismos para que o governo contenha um movimento de excessiva apreciação do real ante o dólar: a redução mais expressiva dos juros, aquisição de dólares com elevação das reservas cambiais e atuação no mercado de derivativos.
"A moeda brasileira tem o destino de ficar mais forte, pois com economia mais forte a moeda fica mais forte. Não tem como escapar disso", comenta... Nesse sentido, o olho dos estrangeiros não consegue se desvincular da nossa potencialidade na fase atual... O que pode comprovar tal assertiva seria... A bolsa paulista fechou o mês de maio com a entrada recorde de R$ 6,083 bilhões em capital externo, superando a marca mensal anterior alcançada em abril de 2008, de R$ 6,007 bilhões. O desempenho de maio, que é resultado de compras de R$ 43,077 bilhões e vendas de R$ 36,994 bilhões, também marcou o quarto mês consecutivo de fluxo positivo de estrangeiros. Na medida em que a crise vai ficando no retrovisor, é para cá que as ordens de compra ainda se mantêm ativas... Isso é bom, mas ressalvas precisam estar conscientizadas.
"Acho por bem também colocar as barbas de molho"
O pior momento da crise parece já ter passado, mas a recuperação da economia ainda não começou, portanto, esse otimismo passou do ponto. A alta da bolsa está calcada no fluxo de investidores, especialmente os estrangeiros, que no ano, até o dia 26, já colocaram R$ 10,1 bilhões nas ações brasileiras, sendo R$ 8,8 bilhões só nos últimos dois meses, um recorde incontestável. O horizonte parece favorável, com certos indicadores apontando o "final da queda livre", exemplificam a maioria dos analistas. Em contrapartida, os sinais de recuperação ainda não são muito inspiradores, quando comparados aos níveis de crescimento do período que precedeu a crise.Apesar dessa constatação, os fluxos de capitais estão fortes e continuam ser vistos com um volume imenso de capital entrando em países como o próprio Brasil. Esses fatores opostos nos levam a uma encruzilhada na qual colocam os fundamentos e os fluxos como concorrentes, cada um apontando em direção diversa. Esse grande volume de capitais pode estar sendo impulsionado pelo excesso de liquidez, que foi criado pelo aumento da oferta monetária, pela expansão do balanço dos grandes Bancos Centrais e estímulos fiscais utilizados para minimizar os impactos da crise financeira. Vai chegar um momento em que o mesmo pode secar e aí o tombo de curto prazo é líquido e certo. Para irmos nessa direção, basta ouvirmos o que se segue... Segundo executivo do JPMorgan Asset Management, as ações globais estão "sobrecompradas" (com preços muito elevados na comparação com o valor justo) e estão fadadas a recuarem nos próximos meses, uma vez que os sinais de recuperação econômica não são sustentáveis. Em entrevista realizada recentemente, o chefe de serviços de investimento da gestora de fundos de sua unidade de Hong Kong, Geoff Lewis, afirmou estar "underweight" (abaixo da média do mercado) em ações no momento. "Todos os mercados parecem estar sobrecomprados no curto prazo", disse ele. Segundo Lewis, os mercados se anteciparam demais com a forte alta desde o início deste ano e deveremos ver alguma correção durante os meses de verão (no hemisfério norte). À luz das recentes valorizações dos índices de ações de Wall Street, o Credit Suisse também toma postura mais cautelosa em sua sugestão de exposição na renda variável, ao cortar a recomendação para o mercado acionário norte-americano, de "overweight" (acima da média do mercado) para "market weight" (semelhante à média do mercado).Para justificar a tese, o banco suíço lista inúmeras explicações: o recente incremento nos yields dos títulos que minou o valuation das ações; indicadores técnicos revelando sinais incomodantes; e preocupações quanto à persistência do fraco nível de produto bruto. "Permanecemos preocupados ainda com um recuo da economia", afirmam os analistas, mostrando apreensão no horizonte. Já que esses atletas monetários estão cantando em coro, acho por bem também colocar as barbas de molho, já que de idas e vindas sabemos que o mercado sempre vive e viverá!!! Gil Ari Deschatre é professor da FGV e do Ibmec e escreve mensalmente na InfoMoney, às segundas-feiras.
gil.deschatre@infomoney.com.br


Desculpe a franqueza, mas fico muito envaidecido ao saber que o meu primeiro GURU no mercado financeiro, têm suas idéias em total consonância com as minhas, e em um ato de franca modéstia chego a me perguntar: será que ele leu o meu post da semana passada http://juliocavalcanti.blogspot.com/2009/06/barbas-de-molho.html ?

Brincadeiras à parte, sigo indicando INEP4, KSSA3 e GPIV11.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Barbas de molho

A crise não acabou, apesar da exuberância apresentada na bolsa, com fluxo estrangeiro chegando a espantosos 11 BILHÕES de reais no ano, sendo 6 BILHÕES de reais somente em maio, levando o mercado a um P/L de 14 vezes, maior que o P/L médio que é de 12 vezes, e bem próximo do P/L de 16,8 vezes de maio do ano passado, onde o mundo era bem diferente de hoje.

Gostaria de destacar alguns pontos importantes a serem considerados neste momento:

  • Ente janeiro e abril deste ano o calote em bônus empresariais alcançou US$ 244 bilhões, representando 73,6% do total do ano passado, mostrando claramente que a solvência mundial está piorando, significando que as empresas terão mais dificuldade para obter crédito e pagarão taxas maiores pelos recursos;
  • Ângela Merkel, primeira-ministra da Alemanha, disse em uma conferência em Berlin que “ o que outros bancos centrais vêm fazendo precisa parar agora. Estou muito cética em relação ao alcance das medidas do Fed e a maneira como o Banco da Inglaterra vem abrindo seu próprio caminho na Europa. Precisamos retornar às políticas monetárias independentes e sensatas, caso contrário voltaremos onde estávamos há dez anos”. Resumindo, cresce o temor com a inflação a longo prazo;
  • Esta declaração da premier alemã vai de encontro à dura advertência que a Standard & Poor’s fez ao governo britânico, dizendo que o país pode perder a nota de crédito AAA.
  • Segundo cálculos da Moody’s, os banco americanos ainda enfrentarão cerca de US$ 640 bilhões de prejuízos até o fim de 2010, levando muitos bancos a ficarem insolventes;
  • A China precisará aumentar o consumo interno para substituir as exportações que movem sua economia, tarefa nada fácil tendo em vista o aumento do desemprego, conseqüentemente, seguirá crescendo menos;
  • O BC da China divulgou relatório onde afirma: “A crise financeira mundial ainda está se propagando e seu impacto sobre a China se aprofunda”;
  • Desemprego alcança 9,2% em abril na União Européia, ante 8,9% em março.
  • Certamente os EUA do pós crise, terão um crescimento médio bem inferior ao visto nos últimos anos, levando-se em conta ser o consumo responsável por 70% do PIB, e que neste momento as famílias americanas estão mais preocupadas em pagar suas dívidas do que consumir.

Por tudo que foi exposto, sigo indicando ações de fora do índice, por achar que o mesmo está muito esticado, e a bola da vez é a INEP4 - INEPAR, empresa de contrução civil pesada, que vem passando por uma reestruturação financeira e que apresenta um grande potencial de valorização. No próximo post trarei uma análise mais apurada desta empresa.