quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Até 2009

Estou saindo de férias no mês de dezembro, e no ano que vem escreverei neste espaço mensalmente, pois estarei envolvido com um outro projeto que me tomará muito tempo.
Neste breve balanço da existência deste blog, gostaria primeiramente, de agradecer a todos os amigos que me incentivaram e para não esquecer de ninguém, cito apenas o Flávio, pois nossa conversa no cafezinho foi o embrião deste blog.
Gostaria de ressaltar que o mercado é dinâmico e quando dou alguma dica, faço uma fotografia da empresa naquele momento, infelizmente algumas premissas mudaram radicalmente, por exemplo: o que dizer do aumento do dólar frente ao real, que fizeram o Grupo Peixoto de Castro (GPCP3) e a Fertilizante Heringer(FHER3) terem um resultado negativo no 3º trimestre. Simultaneamente este mesmo aumento cambial levou a Friboi a ter um resultado histórico e impensável para um dólar na casa de R$ 1,60.
Neste último post do ano deixo a minha carteira sugerida para este fim de ano, com o respectivo preço do fechamento de ontem:
BBDC4 - R$ 22,33
JBSS3 - R$ 3,97
CNFB4 - R$ 3,14
BVMF3 - R$ 4,43

Boas festas e um ano novo com o IBOVESPA voltando para a casa dos 60000.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Barack Noel

Desde 1994 ocorreram 5 ciclos de baixa da Bovespa, a maior queda ocorreu em 1997, onde o índice desvalorizou-se 65,04%, o maior período de baixa da bolsa foi em 2000, tendo durado cerca de 3 anos e meio. Considerando o fechamento de ontem aos 33404 pontos, já acumulamos do topo aos 73516 pontos ocorrido em 20/05/2008, uma baixa de 54,56% em 180 dias, acredito que aumentaram as chances de caminharmos para a casa dos 20000 pontos de novo, porque ainda falta precificar uma recessão maior, mas como venho dizendo sempre, sigo comprando porque acredito que no longo prazo não há investimento melhor.
Outra estatística interessante é aquela que diz que desde 1998, apenas em 2 anos a bolsa não subiu nos últimos 45 dias, sendo que em 98 não subiu por causa da crise da Rússia e no ano passado também não subiu já precificando a atual crise financeira, excluindo esses anos de queda, a média de valorização do Ibovespa foi de 12,50%, espetacular para um período tão curto. Esperemos então que o otimismo típico de fim de ano possa influenciar a nossa Bolsa mais uma vez e que o bom velhinho "Barack Noel" nos dê um 2009 melhor.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

BIG MAC 2

Muitos analistas estão revisando seus números para o câmbio no final deste ano tendo como piso os fatídicos R$ 2,10, conforme já prevíamos na semana passada, no post BIG MAC http://juliocavalcanti.blogspot.com/2008/11/todas-as-variveis-fundamentais-apontam.html,
é o caso do Roberto Padovani, economista-chefe do WestLB no Brasil, e também do gestor do BNP Paribas, lembrando ainda que o relatório focus já indica o consenso de mercado na casa dos R$ 2,05, nos levando a reforçar ainda mais a indicação da JBSS3.
Surge mais uma nuvem negra no céu do mercado financeiro, trata-se da Rússia que acaba de aumentar sua taxa de juros pela quinta vez este ano, para 12% ao ano, na tentativa de diminuir a saída de recursos do país, o que já o levou a "queimar" US$ 112 bilhões de suas reservas para segurar a cotação do câmbio.
Apesar de ainda terem US$ 485 bilhões, foi uma perda muito grande em pouco tempo aumentando os temores sobre uma possível quebra do rublo, lembrando a crise de 1998, o que neste momento é tudo que não precisamos.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

CÂMBIO E O BIG MAC

Todas as variáveis fundamentais apontam na direção de um real mais fraco, a saber:


A taxa de risco brasil saltou de 1,6% para a casa dos 6%, elevando as taxas de juros em dólares da dívida externa brasileira;
O índice Big Mac, da revista “The Economist” aponta para um dólar na casa de R$ 2,10, mas lembrando que tanto o custo de vida como a produtividade são maiores nos EUA, conseqüentemente,poderíamos encarar este valor como um piso para o nosso câmbio;
Nos últimos 12 meses saltamos de um superávit de 0,56% do PIB em setembro de 2007, para um déficit de 1,64% do PIB em setembro de 2008, o que também pressiona a taxa de câmbio;
Os investimentos estrangeiros diretos estão diminuindo, o fluxo externo para a bolsa será cada vez menor, ou seja, redução nos fluxos de capitais.

Resumindo, o câmbio real será tanto mais depreciado quanto maior for a contração dos fluxos de capitais e quanto maior for a queda nos preços internacionais de commodities.

O correto seria o corte de gastos públicos para diminuir o déficit nas contas correntes e conseqüentemente diminuir a pressão sobre o câmbio. Mas sabemos que esse governo perdulário jamais fará isso, ainda mais quando caminhamos para as eleições presidenciais de 2010.

Neste momento, com uma visão de longo prazo há que se observar empresas com forte geração de caixa, boa política de pagamento de dividendos, que tenham receita em dólar e dívidas em reais, por exemplo: Confab, Bradesco, BovespaBMF, Friboi (CNFB4, BBDC4, BVMF3, JBSS3, respectivamente).