quinta-feira, 17 de agosto de 2023

LPSB3 na corrida do ouro...

Entre 1848 e 1855, dezenas de milhares de pessoas foram atraídas para a Califórnia com a esperança de acharem ouro e ficarem ricas, no entanto, a maioria voltava para casa de mãos abanando. Não foi o que aconteceu com os felizes vendedores de pás e picaretas.

Estamos vendo um forte aumento de lançamentos realizados pelas incorporadoras listadas em bolsa, com recordes em todas as linhas do balanço, e reparem que as taxas de juros mal começaram a cair.

É impossível saber qual dessas empresas vai performar melhor na bolsa, mas eu posso dizer que a LPSB3 (Lopes Brasil), fará parte da maioria dos lançamentos que ocorrerão neste e nos próximos anos, pois trata-se da maior imobiliária do Brasil, com 3 negócios bem definidos, a saber:

  • mercado primário que é a intermediação de lançamentos nos segmentos de baixa, média e alta renda, tendo vendido para 86 incorporadoras em 2022;
  • mercado secundário que é a intermediação de imóveis usados por meio de 177 lojas franqueadas presentes em 24 Estados e no DF; e
  • a jóia da coroa chamada de CrediPronto que é uma joint venture com o Banco Itaú (50/50) sendo a quarta maior operação de crédito imobiliário privado, somente ficando atrás do Itaú, Bradesco e Santander.


A Lopes Brasil é a empresa que mais se beneficiará com a queda de juros, e ainda é excelente para nos proteger da inflação, vamos aos números do seu balanço publicado antes do início da primeira redução da Selic:

  • a geração de caixa alcançou R$ 9,8 milhões no 2t/23, versus uma queima de caixa no 2t/22 de R$4,8 milhões;
  • a carteira de crédito imobiliário (CrediPronto) alcançou R$15 bilhões, sendo 16% maior versus o 2t/22;
  • o EBITDA foi de R$ 16,5 milhões, 23% maior que o mesmo trimestre de 2022; e 
  • por fim houve um aumento de 182% no lucro líquido do 2t/23 alcançando R$ 6,96 milhões.


Comecei a montar a posição na faixa dos R$ 2,50, nessa cotação a empresa valia cerca de R$ 370 milhões em bolsa e tem 250 mil imóveis catalogados, para efeito de comparação saibam que a sua maior concorrente é o Quinto Andar que tem cerca de 150 mil imóveis em seu acervo e foi avaliada em cerca de R$ 25 bilhões, isso mesmo BILHÕES.

Não acredito que quando for listada em bolsa o Quinto Andar alcançará os R$ 25 bi, mas com certeza quando esse IPO ocorrer a LPSB3 estará valendo várias vezes  o valor de hoje.

terça-feira, 30 de maio de 2023

5 anos e 1975% depois....

 Nos últimos 12 meses onde o SMAL11 (ETF de empresas de baixa capitalização) caiu 9%, a carteira mastigando perdeu honrosos 14,06%.

 Mas desde o início em 25/05/2018 rendeu 1975% versus 39,5% do IBOV e 29,9% do SMAL11, sem dúvida um rendimento de encher os olhos multiplicando o patrimônio 20,75 vezes no período.

 Nossas principais posições em ordem de importância:

        ·       RRRP3 – receita integralmente em dólar e tornar-se-á uma grande pagadora de dividendos em poucos anos;

·       Cmin3 – receita também dolarizada e já uma grande pagadora de dividendos;

       ·       PORT3 – geração de caixa em dólar e boa pagadora de dividendos, resiliência em qualquer cenário;

       ·       TUPY3 – mesmo com a recente aquisição da MWM do Brasil, ainda terá a maior parte de suas receitas em moeda forte e segue a sua vocação de grande pagadora de dividendos;

       ·       BEEF3 -  tem cerca de 2/3 de suas receitas em dólar, seguirá sendo uma grande pagadora de dividendos;

       ·       AMBP3 – tem mais de 50% de suas receitas em moeda forte e um grande potencial de crescimento, é uma empresa ESG na veia;

       ·       PTBL3 – está prestes a começar a produção nos EUA, o que vai mudar o patamar da cia, tornando-a mais resiliente ao risco Brasil, sendo também uma boa pagadora de dividendos;

       ·       PRIO3 – segue muito bem obrigado, mas teve seu peso diminuído na carteira para a entrada de RRRP3;

       ·       EVEN3, SIMH3, LJQQ3, PETZ, JHSF3, JSLG3, VVAR3, PFRM3, BRFS3 – seguem em posições pequenas, mas já começam a andar acompanhando a queda dos juros; e

       ·       IRBR3 – segue seu calvário de uma reestruturação lenta, mas já rendeu alguns frutos nesse ano onde sobe 50,04%.


Acreditamos que os juros, câmbio e a inflação seguirão em patamares altos nos próximos anos, seguiremos cautelosos alocados em  empresas com receitas em dólar e/ou boas pagadoras de dividendos.



 

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